quarta-feira, 28 de março de 2012

O poder do toque da mãe


Escrever sobre a importância do vínculo e do carinho entre a mãe e o bebê parece um tanto óbvio. Se você sabe disso, talvez já tenha também notado que uma das ferramentas mais eficazes e gostosas para estimular essa ligação é o toque. Veja só o que diz a ciência a respeito dos bebês que recebem massagens regularmente: dormem mais e melhor, choram menos, ganham peso com mais facilidade, têm menos crises de apnéia e problemas pulmonares, apresentam menor nível de hormônios relacionados ao estresse, se mostram mais extrovertidos e menos agressivos… A lista de benefícios é longa. 
A pedagoga Maria Aparecida Giannotti, de São Paulo, afirma que o toque precisa ser suave, respeitando a sensibilidade da criança, e deve passar por todo o corpo, começando da cabeça até chegar aos pés.

SHANTALA: Alivia cólicas e deixa o bebê mais tranquilo.

Os toques, que abrangem todo o corpo do bebê, trabalham as regiões do corpo: peito, barriga, costas, pernas, braços e rosto. A criança fica mais tranquila e menos chorosa e dá menos trabalho na troca de fraldas e durante as refeições. Além disso, o relaxamento contribui para o alívio das cólicas e garante um sono gostoso. 
• A massagem no peito melhora a respiração porque expande a caixa torácica. Os movimentos na barriga auxiliam o funcionamento do intestino e do estômago. A própria posição em que o bebê fica, de costas, estimula a coluna vertebral, e a movimentação de braços, mãos, pernas e pés facilita o desenvolvimento da musculatura e o aprendizado de abrir e fechar, pegar e soltar. 
• A shantala ainda traz a consciência corporal. “A criança ganha mais noção de espaço e dos limites do seu corpo, se movimenta melhor. À medida que ela vai crescendo, não cai com facilidade e não esbarra tanto nas coisas enquanto anda de um lado para o outro”, lembra a terapeuta Veena Mukti. 
• A maior abertura no contato com outras pessoas é mais uma vantagem. Já que o pequeno possui esse contato físico de amor com os pais, tende a se tornar mais receptivo ao toque em geral e a ter mais facilidade para se relacionar. 
• Um benefício extra é proporcionado para os bebês que nasceram de cesárea. Como não receberam a massagem original, ao passar pelo canal da vagina, eles podem se beneficiar muito dos movimentos da shantala
Fonte: bebê.com

segunda-feira, 26 de março de 2012

Vínculo Mãe e Filho


Muito antes do seu nascimento e ainda no ambiente intra- uterino, tem inicio a formação do vinculo entre a futura mamãe e seu bebê. Trata-se de um processo de comunicação tão complexo quanto sutil e que torna possível esta troca intima e profunda. O vínculo é de importância vital para o feto, pois precisa se sentir desejado e amado para propiciar a continuação harmoniosa e saudável de seu desenvolvimento.

A formação do vínculo não é automática e imediata, pelo contrário, é gradativa e, portanto, necessita de tempo, compreensão e amor para que possa existir e funcionar adequadamente. É, também, fundamental para que possa compensar os momentos de preocupações e reveses emocionais maternos e que todos nós estamos sujeitos no cotidiano.
O amor e a rejeição repercutem sobre a criança muito precocemente mas, para que possa dar significado a estes sentimentos é preciso maturidade neuro-fisiológica. Assim, até os três primeiros meses de vida intra-uterina, as mensagens enviadas pela mãe são, em grande parte, incompreendidas pelo embrião, muito embora possam causar-lhe desconforto se percebidas como desagradáveis.
À medida que vai evoluindo, o feto torna-se capaz de registrar e de dar significado às emoções e sentimentos maternos. É quando, então, começa a se formar sua personalidade, o que ocorre por volta do terceiro trimestre de gestação.
A ansiedade materna é, de certa maneira, até benéfica ao feto, pois perturbando a neutralidade do ambiente uterino, perturba-o também, conscientizando-o de que é um ser distinto, separado desse ambiente.
Para se livrar desse desconforto, ele começa a elaborar progressivamente técnicas de defesa como dar pontapés, mexer-se mais ativamente, e que funcionam, para a sensibilidade materna, como um envio de mensagem de que está sendo perturbado. Se houver sintonia materno-fetal, imediatamente a futura mamãe capta esta mensagem e começa a passar a mão delicadamente em seu ventre, o que é percebido e decodificado pelo feto como atitude de compreensão, carinho e proteção, portanto, como tranqüilizadora.
Com o decorrer do tempo, a experiência de desconforto transforma-se em emoção e tem início a formação de idéias sobre as intenções maternas em relação a si mesmo.
Desta maneira, se a mãe for amorosa e tiver uma relação afetiva rica com seu bebê, contribuirá para que nasça uma criança confiante e segura de si. Assim também, se mães deprimidas ou ambivalentes que, por uma razão qualquer, privam o feto de seu amor e apoio, certamente favorecerão o estado depressivo e a presença de neuroses na criança e que podem ser constatados após o nascimento, pois sua personalidade foi estruturada num clima de medo e angústia.
Mesmo a gestante que rejeita seu filho comunica-se com ele através do fornecimento do alimento. Mas, a qualidade desse vínculo é diferente da mãe que o deseja e esta é a grande diferença, pois não é apenas uma comunicação biológica.
Como o feto capta todas as emoções maternas, as que o fazem entrar em sofrimento como a ansiedade, temor e incertezas, provocam-lhe reações mais fortes e contínuas, enquanto que as de alegria e felicidade, por não alterarem o ambiente intra-uterino, permitem que seus movimentos permaneçam suaves e harmoniosos.
O feto sente o que a mãe sente, até como um atitude de solidariedade, porém, com intensidade diferente e sem a compreensão materna. As emoções negativas são percebidas como um ataque a si próprio.
É fundamental lembrar que as preocupações passageiras e simples do cotidiano não lhe oferecem risco algum, pois sequer podem levar o organismo materno à produção de hormônios. O que o afeta e prejudica sobremodo são as situações que induzem à produção intensa e contínua de hormônios, como a ansiedade materna, que pode, inclusive provocar o estresse da mãe.
Outras situações que também acarretam o sofrimento fetal são o consumo excessivo de álcool, tabaco e medicamentos pela gestante, bem como, o fato de comer demais ou se alimentar mal, pois traduzem uma grande e exacerbada ansiedade materna, além de que, também são altamente prejudiciais ao desenvolvimento físico e psíquico do feto.
Um fator importantíssimo a ser considerado é quando a mulher é completamente dependente do cigarro. Neste caso, se a supressão total deixa-a extremamente ansiosa, há de fazer muito mais mal à criança do que simplesmente diminuir consideravelmente o número de cigarros até atingir a média de um ou dois por dia, e nada mais além disto.
Se o feto participa de todas as emoções maternas, muitas gestantes inibem a sexualidade por sentirem-se constrangidas com esta participação, principalmente no momento do orgasmo e dos sons e ruídos emitidos pelo casal.
Apesar disso, convém esclarecer que a atividade sexual não traz qualquer malefício. Ao contrário : o orgasmo, especialmente na mulher, é altamente benéfico física e emocionalmente, e é através dele que o feto capta o bem-estar geral da mãe, a felicidade intensa e, principalmente a tranqüilidade após o orgasmo e não este propriamente.
Os acontecimentos graves e estressantes como perdas significativas ou situações que atingem a gestante diretamente, como brigas conjugais ou com pessoas mais próximas, são causas de grande sofrimento fetal e, muitas vezes, não há como evitá-los.
Para diminuir os efeitos nocivos ao feto, a futura mamãe deve aumentar os períodos de descanso, oferecer-lhe apoio afetivo e conversar com ele, esclarecendo-o dos acontecimentos.
Embora não haja compreensão das palavras, o feto capta o sentido do que lhe é dito e se tranqüiliza. Assim, o vínculo mãe-bebê não é quebrado.
O perigo maior persiste quando o feto percebe-se rejeitado pela mãe ou quando suas necessidades físicas ou psicológicas não são compreendidas e atendidas, pois ele necessita desta troca para sentir-se amado e desejado.
Concluindo, se o vínculo materno-fetal não foi consolidado durante o período gestacional, há de se tentar nas horas e dias que sucedem ao nascimento, que é o período ideal na vida extra-uterina e, se necessário, com a ajuda de um profissional capacitado.

Ana Maria Morateli da Silva Rico
Psicologa Clínica

Fonte: Guia do bebê

sábado, 24 de março de 2012

Inflamação na garganta


Pode ser até que a dor nem apareça. Só que a dificuldade para engolir, a febre e aquela tosse seca – a famosa tosse de cachorro – deixam a criança pra lá de irritada. Assim é a laringite, inflamação da laringe, a parte da garganta onde se localizam as cordas vocais. Poluição do ar, infecções e alergias estão por trás do incômodo. O tratamento, geralmente à base de corticóides, deve ser seguido à risca. Caso contrário, o quadro pode evoluir para infecções mais sérias ou mesmo ocasionar problemas de voz. Para prevenir a laringite, evite:

• compartilhar copos e talheres
• dar bebidas geladas para a criança
• banhos frios
• não dispensar umidificadores de ar nas estações mais secas

Por fim, os sintomas que denunciam a presença do mal também podem acusar outros problemas, como bronquite, pneumonia e outros males respiratórios. Dessa forma, ao menor sinal deles, o mais correto é procurar um pediatra para esclarecer a situação.

Fonte: Bebe.com

Inflamação de garganta: aprenda a tratar seu filho

A maioria das faringoamigdalites (inflamação da garganta) são causadas por vírus, as demais são de origem bacterianas. Estas de causas bacterianas acometem com maior freqüência crianças maiores de 3 anos de idade.
As inflamações de garganta mais comuns causadas pelas bactérias são as estreptocócicas, e exigem tratamento com antibióticos para abreviar o tempo de evolução da doença e evitar outras complicações.

Quando suspeitar:


Em toda criança com dor de garganta, febre e dor para engolir.
Para fazer o tratamento adequado, o pediatra da criança irá distinguir se a dor de garganta é de origem viral ou bacteriana.

Diferença entre as dores de garganta causadas por vírus e bactérias:
Sinais que sugerem que a dor de garganta é de causa bacteriana:

- Acomete mais crianças com mais de 3 anos de idade, sendo o pico com 8 a 12 anos.
- Febre alta, podendo passar de 39ºC;
- Inicio é mais abrupto e rápido;
- A crianças estará mais quietinha, prostrada mesmo se estiver sem febre. Quanto mais prostrada a criança maior a chance da causa da inflamação de garganta ser devido a bactéria;
- A dor de garganta não vem acompanhada de sintomas de gripe;
- A dor de garganta é forte e pode dificultar a deglutição e alterar a voz;
- O médico irá examinar a garganta da criança e irá detectar que a garganta está vermelha, com as amígdalas aumentadas, um lado maior que o outro e vermelha, podendo ser encontrado pontos ou placas branco na garganta. Este é o dado clínico isolado mais importante para fazer o diagnóstico.
- A criança pode ter mau hálito, náusea, vômitos e dor na barriga.

Sinais que sugerem que a dor de garganta é de causa viral:

- Pode surgir em qualquer idade, nos menores de 3 anos de idade representam 90% dos casos;
- A criança não fica prostrada e quieta nos períodos de febre;
- O inicio é mais lento;
- Geralmente a dor de garganta vem acompanhada de gripe, apresentando tosse, rouquidão, irritação dos olhos, secreção do nariz;
- A dor de garganta poderá ser leve ou mais forte;
- O médio examinará a garganta da criança e irá notar um aumento da amígdala  e vermelhidão, porém, menos intenso do que nas causas bacterianas.

Tratamentos:
Dor de garganta de causa viral:

Deve ser dado a criança bastante líquido, remédios para a dor e febre conforme a necessidade.
Gargarejos com soro fisiológico morno pode aliviar a dor de garganta;
Pastilhas com antissépticos e anestésicos tópicos, populares em nosso meio, deverão ser evitadas, pois alteram a flora local da garganta (que é o fator de defesa contra a bateria) e pode levar o paciente a retardar a busca de assistência, atrasando o tratamento adequado de amigdalites bacterianas.

Dor de garganta de causa bacteriana:

O tratamento da dor de garganta de causa bacteriana deverá ser feito com antibiótico.
É recomendável que o tratamento com antibiótico seja mantido por 10 dias, para evitar que a criança continue sendo portadora da bactéria e a infecção se repita em pouco tempo.
O antibiótico deverá cobrir a bactéria chamada estreptococos. São tipos de antibióticos que podem ser usados:
Penicilina V;
Amoxicilina;
Penicilina benzatina.

O médico irá prescrever para a criança um antitérmico e analgésico
Fonte: Bebê Saúde

terça-feira, 13 de março de 2012

Estomatite (1 a 3 anos)


Escrito para o BabyCenter Brasil
 O que é estomatite? 
Estomatite é uma infecção viral bastante comum em crianças e provoca várias feridinhas (ou aftas) na boca e garganta, causando muitas vezes grande desconforto e dor. Apesar de ser duro ver a criança sofrer, geralmente não há motivos para maior preocupação. 

A maioria das pessoas carrega os vírus que causam o problema. Na realidade, o quadro de estomatite de seu filho pode ser sinal da primeira infecção com o herpes simples tipo 1 (HSV-1), um vírus que quase todos nós "pegamos" na primeira infância e carregamos dentro do corpo para o resto da vida. 

Outro vírus, o coxsackie, também pode provocar estomatites e a chamada doença de mão, pé e boca (também caracterizada por pequenas lesões nestas partes). 

Quais são os sintomas? 

As feridas são pequenas (de 1 a 5 milímetros de diâmetro), acinzentadas ou amareladas no centro e avermelhadas por fora. Sua gravidade e localização depende muito do tipo de vírus que está provocando a estomatite. 

As lesões podem aparecer na gengiva, na parte interna das bochechas, no fundo da boca, nas amígdalas, na língua ou no céu da boca. As gengivas podem ficar ainda inflamadas e sangrar facilmente. 

Como essas aftas costumam ser doloridas, seu filho possivelmente ficará irritado, vai babar mais que o de costume e perderá o apetite e até a sede (dói para engolir). Mau hálito e febre (de até 40 graus Celsius) também podem aparecer, e os gânglios do pescoço tendem a ficar inchados e sensíveis. 

Observação: Em casos raros, uma estomatite causada pelo vírus do herpes pode se espalhar para os olhos e infectar a córnea. Uma infecção desse tipo pode levar a danos permanentes nos olhos, por isso leve seu filho imediatamente a um médico se ele tiver estomatite e você perceber que os olhos dele estão avermelhados, lacrimejantes e há sensibilidade à luz (sinais iniciais da infecção conhecida como ceratite herpética). 

Como se trata a estomatite? 

A primeira coisa para lembrar é que, como é uma infecção causada por vírus, antibióticos não fazem efeito nenhum. As lesões na boca devem passam em uma ou duas semanas. Veja a seguir algumas dicas para aliviar o desconforto do seu filho e mantê-lo o mais saudável possível: 

• Medicamentos à base de paracetamol ou ibuprofeno podem ajudar a diminuir a dor e a febre (nunca dê aspirinas a ninguém com menos de 20 anos, porque ela pode levar a uma rara, porém grave, doença chamada síndrome de Reye). Se a dor for tão forte que a criança não conseguir comer ou beber nada, seu médico poderá receitar um analgésico mais forte. 

• Embora a criança não tenha vontade de beber nada por causa da dor ao engolir, é importantíssimo mantê-la hidratada. Tente oferecer bebidas mais frias, não ácidas e não gasosas -- água, milk shakes ou sucos diluídos (de maçã, por exemplo) são boas opções. A desidratação pode aparecer rapidamente em crianças pequenas. Ligue para o médico se seu filho ficar mais de seis horas sem urinar ou beber nada. 

• Procure dar alimentos mais frios também, como sorvete e iogurte, e comidas menos temperadas, como macarrão só na manteiga ou com azeite e purê de batata ou mandioquinha. 

Existe prevenção contra estomatites? 

É difícil impedir as estomatites, já que o vírus está no corpo de tantos adultos e crianças e é facilmente transmitido (assim como o coxsackie) através do contato normal entre pessoas. O que é possível fazer é não deixar as crianças perto de alguém que esteja com uma infecção por herpes ativa ou qualquer lesão na boca (e isso incluí você também). 

Para proteger os outros, não mande seu filho para a escolinha enquanto estiver doente. 

Se as feridinhas na boca forem causadas pelo herpes, o vírus ficará no corpo para sempre. A boa notícia, no entanto, é que o primeiro surto de estomatite costuma ser o pior, e o problema não necessariamente se repetirá a toda hora.